quarta-feira, 19 de março de 2014

Afinal, o que é Comportamento? - Parte 1


Muitas pessoas ao lerem esta pergunta poderão achá-la estúpida, afinal é uma palavra cotidianamente usada e bem estabelecida no senso comum. No entanto, é importante nos atentarmos que algumas palavras do senso comum não condizem com a sua definição técnica ou profissional. 

Por exemplo, inconsciente freudiano, barreira de contato em Gestalt-Terapia, etc.
Do mesmo modo, comportamento tem uma função bem diferente para nós behavioristas. Comportamento é a inter-relação entre um organismo vivo e o seu ambiente. Mas, comportamento não se trata apenas de ações motoras, como chutar ou gritar, mas qualquer forma de relação entre o organismo e seu ambiente, como sonhar, pensar, imaginar e amar... Sim, behavioristas também amam e muito!

Assim, qualquer relação dita interna ou mental pode ser operacionalizada como comportamento, mas é um comportamento que ocorre de um modo tão sutil que outros observadores, que não a própria pessoa que se comporta, não podem vê-lo. 

Um exemplo legal para compreender como passamos a agir de modo "invisível" é lembrar do nosso processo de alfabetização, no qual passo a passo deixamos de ler em voz alta para ler em voz baixa e depois deixar de ler em voz baixa para ler "em silêncio", principalmente após algumas muitas vezes nossos colegas se queixarem que estávamos atrapalhando a leitura dele na biblioteca...

Então, piscar o olho porque entrou poeira nele é comportamento.
Pedir com licença para abrirem a porta é comportamento.
Sentir fome e salivar é comportamento.
Lembrar da namorada ou namorado que está a quilômetros de distância é comportamento.


Bem, quanto aos comportamentos invisíveis, nos deteremos mais quanto a eles em um post futuro sobre "eventos privados".

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